Antes mesmo da Cerimônia de Abertura, as primeiras medalhas dos Jogos da Juventude foram entregues nesta quarta-feira (13), todas na disputa da prova de Potência Máxima do Ciclismo.
Na disputa em que os atletas têm seis segundos de sprint para atingir a maior potência na pedalada, o domínio foi de atletas das regiões Norte e Nordeste.
Inácio Gabriel Almeida Luz, do Pará, e Alissya Mourão Andrade, de Roraima, foram os primeiros campeões em João Pessoa. Além de ganhar o ouro, ambos bateram o recorde da prova nas categorias masculino e feminino, respectivamente, ao atingiram 1974 watts (W) e 1594 W de potência.
— É a minha quarta participação na competição. Em 2023, eu ganhei a medalha de prata na prova de velocidade e, agora, não esperava levar o ouro, mas é sempre uma emoção muito grande medalhar — disse Alissya, de 15 anos.
Josué Teixeira Feitosa Júnior, de Tocantins, que foi campeão da prova masculina no ano passado, ficou com a prata desta vez, ao atingir 1612 watts. E Antônio Kaio Cavalcante Ferreira, do Piauí, fechou o pódio com 1609 W.
Na categoria feminina, Gracyanne Mesquita Barros, ganhou a medalha de prata para Rondônia, com 1377 W; e Ana Nikely Martins Guedes levou o bronze para o Distrito Federal.
Inácio Gabriel voltou a levar o Pará ao topo do pódio das duplas mistas, ao lado de Bianca Walléria Meireles Fernandes, com a somatória de 2918 watts. Alissya Mourão não ficou atrás e também conquistou a segunda medalha dela nas duplas, junto de David Barros de Almeida, de Roraima, com 2897 watts. A terceira colocação foi do Piauí, com Antônio Kaio Cavalcante Ferreira e Andreia Monteiro Marques, que junto atingiram 2697 watts.
—Era um grande sonho conseguir subir ao pódio nos Jogos da Juventude. Olha o tanto de atleta que tem nessa competição e eu conquistei logo duas medalhas (na categoria masculina e nas duplas mistas) em uma só prova. Eu acho que uma carreata vai me receber quando eu voltar para São Miguel do Tapuio, no Piauí — exaltou Antônio Kaio.
Inspirada em um protocolo de testes da União Ciclística Internacional (UCI), a prova de Potência Máxima do ciclismo também visa coletar dados científicos dos competidores para abastecer um banco de dados da modalidade que está em processo de desenvolvimento, com foco na detecção de novos talentos.