A Confederação Brasileira de Wrestling (CBW) confirmou o falecimento de Roberto Cláudio Leitão das Neves, 83 anos, vítima da Covid-19, na manhã deste sábado (28), no Rio de Janeiro.
Conhecido no mundo dos esportes de combate com Mestre Leitão, o catarinense de Lages foi o responsável por criar a primeira federação exclusiva de Wrestling no Brasil, reconhecida pela Federação Internacional de Lutas Associadas (FILA), atualmente United World Wrestling, em 1979.
Especialista em diversas artes marciais, viajou o mundo ensinando técnicas e auxiliou várias gerações de lutadores nos mais diferentes tipos de luta. Seu filho, Roberto Leitão, é o atual foi o primeiro brasileiro a representar o wrestling nos Jogos Olímpicos, na edição de Seul em 1988, ao lado de Floriano Spiess.
— Vi que estávamos atrasados em relação aos outros países. Lembro como se fosse hoje, entrei em contato com a FILA e criamos a Federação. Como o Beto (Roberto Leitão Filho) já tinha aptidão no judô, a transição para o wrestling foi mais fácil. Em 1987, o Beto ganhou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis e ficou à frente de países tradicionais como Estados Unidos. Em 1988, entre todos os atletas da delegação que foi para os Jogosde Seul, ele foi escolhido como melhor preparo físico entre todos os esportes e o chamaram de Super-Homem. Por um tempo, o pessoal ficou me chamando de Jor-el, que nos quadrinhos é o pai do Super-Homem (risos) — disse o ex-dirigente em entrevista publicada no site da CBW, em maio de 2017, quando lançou o livro Biomecânica da Luta.
