A Seleção brasileira masculina de vôlei manteve a hegemonia continental neste sábado (14) ao derrotar a Argentina, por 3 sets a 2, de virada, parciais de 24/26, 22/25, 31/29, 25/20 e 15/13, depois de duas horas e 15 minutos de partida disputada em Santiago, no Chile.
O jogo que apontou o campeão sul-americano foi extremamente equilibrado e tenso. Mesmo sem utilizar sua força máxima, o Brasil era apontado favorito, após chegar à decisão invicto, incluindo uma vitória sobre a própria Argentina (3 a 1), na fase classificatória. Porém, o time dirigido por Marcelo Méndez mostrou muita determinação e esteve prestes a quebrar o domínio brasileiro, que perdura desde 1964.
Depois de ganhar os dois sets iniciais, onde os erros de passe da seleção brasileira foram bastante acentuados, os argentinos estiveram muito próximos da conquista do segundo título de sua história. No terceiro set, a Argentina liderou em 16 a 10 e teve quatro match points consecutivos, mas não conseguiu fechar a partida.
Com uma reação impressionante, o Brasil conseguiu marcar 31 a 29 e passou a comandar as ações a partir da quarta parcial, novamente ganha pelo time comandado pelo gaúcho Renan Dal Zotto. No tie-break, a seleção brasileira chegou a ter 8 a 6, mas viu a rival virar em 10 a 9. Porém, com um bom trabalho defensivo e potentes ataques de Douglas Souza, campeão olímpico nos Jogos Rio 2016, do cubano naturalizado Yoandy Leal e do oposto Alan Souza, eleito o melhor jogador do torneio, voltou a assumir o controle do jogo e fechou em 15 a 13, assegurando seu 32º título, o 27º seguido.
Das 33 edições do Campeonato Sul-Americano, o Brasil só não foi campeão em 1964, quando participou da competição vencida pela Argentina. Após o jogo, Renan ressaltou a importância da conquista.
— Estou muito contente. É um título muito importante para o Brasil. A Argentina é uma equipe muito forte, que jogou muito bem hoje. Sempre são jogos muito disputados contra eles e o terceiro set foi fantástico e provou mais uma vez a força do nosso grupo, com jogadores que vieram do banco sendo decisivos — disse o treinador que assumiu o comando da seleção depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
A medalha de bronze ficou com o Chile, que voltou ao pódio sul-americano depois de 26 anos. Com parciais de 25/21, 25/18 e 25/13, o time da casa bateu a Venezuela e se consolidou como terceira força do continente.
Confira a seleção dos melhores do Sul-Americano de Vôlei
Levantador - Matías Sánchez (Argentina)
Ponteiros - Dusan Bonacic (Chile) e Yoandy Leal (Brasil)
Centrais - Gabriel Araya (Chile) e Flávio (Brasil)
Oposto - Bruno Lima (Argentina)
Líbero - Santiago Danani (Argentina)
MVP - Alan Souza (Brasil)