LONDRES (UOL/FOLHAPRESS) - A Fórmula 1 realizou apenas quatro etapas neste ano, mas a temporada do ano que vem já preocupa os donos da categoria. Isso porque as negociações para a renovação dos contratos com os organizadores estão atrasadas, fazendo com que a F-1 viva uma situação inédita na categoria desde sua profissionalização: quatro provas, um quase um quinto do calendário de 2020 ainda não está fechado. Isso, depois do anúncio, na semana passada, de que o GP da Itália fechou um "acordo em princípio" para renovar o contrato até 2024. Ou seja, ainda não há nada oficializado em relação à prova de Monza, cujo acordo atual acaba após a realização da etapa de 2019. O Automóvel Clube da Itália revelou que "os princípios financeiros foram acertados".
Isso, depois do anúncio, na semana passada, de que o GP da Itália fechou um "acordo em princípio" para renovar o contrato até 2024. Ou seja, ainda não há nada oficializado em relação à prova de Monza, cujo acordo atual acaba após a realização da etapa de 2019. O Automóvel Clube da Itália revelou que "os princípios financeiros foram acertados". Porém, quatro circuitos continuam sem contrato: Espanha, Inglaterra, Alemanha e México. Destes, apenas a Inglaterra acena para um anúncio próximo, ainda que o diretor do circuito de Silverstone, Stuart Pringle, tenha dito que seria "prematuro" falar em acordo, mas garantiu que a pista "ainda está em negociações e tem esperança de que chegará a uma aprovação." Nos três outros GPs, a situação parece ser mais complicada. Na Espanha, os organizadores dizem que "os próximos dois meses serão fundamentais" para a renovação, e negociam uma diminuição na taxa anual paga à Fórmula 1, em torno de 20 milhões de euros. Há rumores, inclusive, de que o GP da Holanda entraria justamente para cobrir a data, em maio, do GP da Espanha. No entanto, embora fale-se na confirmação do retorno de Zandvoort há meses, nada foi confirmado pela Liberty Media.
Já a Alemanha era dúvida para a temporada 2019 e só conseguiu entrar no calendário devido à ajuda financeira da Mercedes, mas a montadora tem feito uma série de cortes e já acenou que não pretende continuar colocando dinheiro na realização da prova. Das provas europeias, a etapa alemã é a que tem enfrentado maiores dificuldades para se manter no calendário nos últimos anos. O problema europeu é o mesmo que o México está enfrentando para a renovação do seu contrato: a falta de investimento do governo. Mudanças no comando tanto no plano nacional, quanto no municipal, na capital Cidade do México, tornam difícil que o Estado financie a etapa, que foi votada nos últimos três anos como a melhor pelos próprios promotores e é uma das que reúnem o maior público no campeonato. "Como piloto, não há muito o que eu possa fazer", disse o mexicano Sergio Perez. "Deixo nas mãos dos organizadores, que são fantásticos, e também nas mãos do meu país. Realmente espero, como mexicano, que mantenhamos a Fórmula 1 e também como piloto, porque é um evento fantástico. Então acho que a renovação seria boa para todos e espero ouvir boas notícias em breve".
Embora mantenha o discurso positivo, o próprio Perez e outros membros próximos `à organização revelaram a reportagem que o cenário é muito complicado. O governo mexicano tem enfrentado várias críticas da população, que tem ido às ruas manifestar seu descontentamento. Desde que assumiu o controle da Fórmula 1, o grupo Liberty Media vem tentando aumentar o campeonato, atualmente com 21 etapas, e realizar 25 corridas por ano. Porém, a única nova etapa confirmada por enquanto é o GP do Vietnã, que vai estrear ano que vem. O plano de ampliar o calendário enfrenta muita resistência das próprias equipes.
A quinta etapa da temporada 2019 da Fórmula 1 será disputada neste final de semana, justamente em uma das provas que não estão confirmadas para 2020: em Barcelona, na Espanha.