O Gaúcho virou centro das atenções nas redes sociais nos últimos dias em função do vazamento de um vídeo em que três jogadores aparecem em um ato de masturbação no vestiário do clube. Na manhã desta quarta-feira (5), o presidente Gilmar Rosso falou sobre a repercussão do caso em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha.
– Isso aconteceu depois do horário de trabalho. Foi no vestiário do clube, não tinha mais ninguém no vestiário, a não ser os quatro jogadores e o nosso roupeiro, que estava recolhendo as redes do campo depois do treinamento. Passado um tempo, eles ficaram sozinhos, e o roupeiro me ligou. "Presidente, temos um problema aqui". E eu disse: "Opa, alguém morreu, mataram alguém?". E ele disse: "Não, é uma situação constrangedora". Se ninguém matou, não roubaram nada, deixa pra amanhã de manhã. No dia seguinte, me mandaram o vídeo. Quando eu cliquei, não deu um segundo e eu deletei o vídeo. Não me interessa o que o jogador faz depois do expediente, não somos guardiões da moral e dos bons costumes de ninguém – explicou.
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O dirigente explicou que os jogadores foram desligados do clube porque descumpriram uma regra interna – a de que deve haver autorização da diretoria para fotos ou vídeos com os uniformes do Gaúcho.
– O clube preza por uma regra, instituída desde o começo do ano. Damos as regras de o que pode e o que não pode fazer com a camisa do Gaúcho e envergando a camisa do Gaúcho. E é proibido, determinado por mim, fazer fotos, vídeos sem a autorização prévia do Esporte Clube Gaúcho. (...) Na outra sala, reuni os quatro e disse que não iria falar como presidente, mas como pai. Tenho dois filhos. "Vão para casa, falem com os seus familiares, contem a verdade e expliquem o que aconteceu. Segunda-feira, vocês voltam. Não vou mandar vocês embora por essa situação. Vocês vão embora, vamos fazer um acordo e vocês seguem a vida. Vocês vão terminar o vínculo, não pelo vídeo, mas pelo não cumprimento da regra de não fazer foto ou filmagem". Eles cometeram ato de indisciplina. Antes que venha a pergunta, se fosse heterossexual, lésbica, não teria problema algum. Não temos preconceito com ninguém – acrescentou.
Rosso garantiu que a dispensa dos jogadores não ocorreu apenas em função da repercussão do vídeo. Ele assegurou que tomaria a mesma decisão se, por exemplo, tivesse flagrado o ato no vestiário – mesmo que não houvesse filmagens.
– Eu faria a mesma coisa que eu fiz. Não interessa se ninguém está vendo, o que vale é a regra – completou.
Sem os quatro jogadores envolvidos no incidente, o Gaúcho volta a campo nesta quinta-feira, quando recebe o Igrejinha pela segunda fase da Terceirona.