Artur Chagas
Perder é do jogo. Quem está no futebol ou convive com esse esporte apaixonante como mero torcedor, sabe que os resultados são circunstanciais e devem ser encarados como parte da disputa.
Agora, resultado é uma coisa, postura é outra. Vamos ao contexto. O Brasil foi ao Beira-Rio nesse sábado enfrentar, sim, uma agremiação gigante e de larga tradição no futebol gaúcho, nacional e mundial. Isto posto, também é verdade que o momento do adversário é de instabilidade. O Inter, a despeito de sua inerente grandeza, está no mesmo status do Brasil em nível nacional e não havia vencido nenhum dos 4 jogos do estadual em 2017. Inclusive com direito a derrota e empate dentro de casa.
Portanto, um jogo para o Brasil ambicionar, arriscar, por que não? Mas, lamentavelmente não foi o que se viu. Com 3 volantes, sem articulação e vivendo de chutões infrutíferos para Gustavo Papa ou arrancadas solitárias de Marcinho, o Xavante foi facilmente controlado pelo Inter. O goleiro colorado, Danilo Fernandes, foi um espectador privilegiado. Não pagou ingresso para assistir o jogo de dentro do campo e nem banho precisaria ter tomado visto que o Xavante não ameaçou em 97 minutos. Mesmo assim, o gol colorado aos 36 do primeiro tempo surgiu de um escanteio cedido de graça pela defesa Xavante. Nico López levantou para a área e Roberson empurrou de peito pra dentro.
As substituições xavantes não surtiram efeito, até porque todas foram feitas por jogadores de mesma posição o que não reverteu em momento algum a pobreza meiocampista e de ataque Xavante. Wendel substituiu Ciola, Juninho entrou no lugar de Lenilson e Bruno López substituiu Marcinho.
Agora, o clássico da Zona Sul domingo que vem, 05/03, na Baixada contra o São Paulo. Menos mal que o adversário também vem de derrota dentro de casa para o líder Novo Hamburgo. Avante!