O britânico Andy Murray sagrou-se campeão do ATP Finals pela primeira vez na sua carreira ao derrotar o sérvio Novak Djokovic por 6-3 e 6-4, neste domingo, em Londres, e garantiu que terminará o ano como número um do mundo. Esse duelo era o verdadeiro tira-teima da temporada, com a liderança do ranking como prêmio.
A final, porém, não proporcionou o espetáculo esperado e apenas confirmou a superioridade do escocês de 29 anos no segundo semestre.
– Hoje é um dia muito especial para mim. Fechar o ano como número um é algo que eu nunca teria imaginado – se emocionou o queridinho da torcida local, que levou ao delírio o público animado que lotou a Arena O2 de Londres.
Leia mais:
Bruno Soares e Jamie Murray são eliminados no ATP Finals
Invicto há 24 jogos, Murray conseguiu impor a consistência do seu jogo no fundo da quadra apesar do desgaste acumulado no sábado, na 'maratona' de 3h38 da semifinal contra o canadense Milos Raonic. Djoko, que precisou de apenas 1h07 para despachar o japonês Nishikori na outra semi, não aproveitou a chance de recuperar o posto que perdeu há duas semanas.
O aspecto físico acabou passando em segundo plano e o que fez a diferença foi a confiança: implacável, o escocês manteve a frieza a todo momento, enquanto o sérvio perdeu a cabeça várias vezes, cometendo nada menos de trinta erros não forçados.
Depois de um início de jogo parelho, com 3 a 3 no primeiro set Murray ganhou cinco games seguidos para fechar a parcial e sair em vantagem no segundo. O número 2 do mundo até esboçou uma reação, quando devolveu uma quebra para encostar em 4-3 depois de perder por 4 a 1, mas o queridinho da torcida local acabou fechando em 6-4, no terceiro 'match point', depois de 1h42 de jogo.
Com cinco títulos seguidos, Murray se tornou o 17º tenista da história a terminar o ano no topo desde a criação do ranking da ATP, em 1973.
Ele chegou a esse nível com um segundo semestre espetacular, com destaque para o bicampeonato olímpico conquistado no Rio de Janeiro, em agosto, um mês depois de levantar pela segunda vez o troféu de Wimbledon.
O triunfo inédito no ATP Finals fechou com chave de ouro uma sequência incrível de cinco títulos seguidos desde outubro, depois de Pequim, Xangai, Viena e Paris, somando oito na temporada.
Djoko ainda leva a melhor com folga no confronto direto com Murray, com 24 vitórias e 11 derrotas, mas o escocês mostrou que é capaz de inverter a tendência, diante de um rival que enfrenta desde a adolescência.
* AFP