A esperança de um novo momento para a seleção brasileira começa por Quito. O responsável pelo novo ciclo, Tite, já está deixando a sua marca, com o estilo que o fez vitorioso por onde passou.
Até agora, no Equador, foram apenas dois treinos, mas o trabalho começou bem antes. Desde que foi anunciado pela CBF, o técnico fez uma intensa observação de jogos em diversos países. Viajou muito. E conversou muito com os atletas com potencial de convocação.
Com muitos, o contato foi por telefone. Giuliano, por exemplo, ficou surpreso ao receber uma ligação do próprio Tite lhe avisando para ficar atento. Com o experiente Daniel Alves, a conversa foi sobre estilo de jogo. A ideia era essa, conversar e passar para os jogadores o que ele pensa sobre a parte tática. Ali já começou a se estabelecer o processo de confiança com o novo grupo de trabalho.
Com a bola rolando, no estádio Casa Blanca, o procedimento é sempre o mesmo. O aquecimento e comandado por Fábio Masheridjan. Tite fica caminhando pelo campo e observando. Depois conversa um pouco com os auxiliares, Cleber Xavier (inseparável companheiro desde a época de Grêmio), seu filho Mateus, e o ex-lateral Sylvinho.
Quando a bola começa a rolar, aí ele comanda tudo. Corre, grita e gesticula sem parar. Pega os jogadores pela camisa para corrigir posicionamento. Até agora, o objetivo foi trabalhar posse de bola e acertar a marcação na bola parada, com marcação individual.
Na estreia, também vai ter mistério. Na terça, boa parte do treino foi com portões fechados. Tite não quer que Gustavo Quinteros, técnico do Equador, saiba da sua escalação com antecedência.
A escalação provável é: Alisson, Daniel Alves, Miranda, Gil e Marcelo; Paulinho, Casemiro, Renato Augusto e Willian; Neymar e Gabriel Jesus (Gabriel Barbosa).