O volante Magrão, que atuou pelo Novo Hamburgo no último Gauchão, anunciou o fim de sua carreira aos 36 anos. A aposentadoria ocorre após um caso de doping no Estadual. Um pouco antes do jogo pelas quartas de final contra o Grêmio, veio a público o resultado positivo para um exame feito pelo atleta.
Magrão: o maloqueiro feliz que deu um carrinho no câncer
Segundo o jogador, o elemento químico que apareceu no exame é oriundo do medicamento usado para tratar um câncer no testículo. Ao postar no Instagram sua despedida dos campos, relembrou de todos os seus clubes, com carinho especial ao Inter:
"Quando criança sonhei um dia em ser jogador de futebol. Sonhei viver uma vida diferente, sonhei e acreditei que não seria estatística, sonhei e acreditei que tudo seria diferente e que a bola era a única arma que tinha para me defender e para atacar, para sonhar e acreditar!!! Eu sonhava com um futuro melhor, diferente do meu passado e do meu presente naqueles tempos. Desta forma, sonhando e acreditando, chorando cada vez que era dispensado de uma peneira, chorando cada vez que meu sonho ia ficando distante, lutando contra tudo, que cheguei aonde queria. Dei a volta no mundo, conhecendo culturas e religiões, pessoas com hábitos e costumes diferentes. Meu começo foi no São Caetano; no Palmeiras, minha afirmação e toda minha gratidão. Com a Seleção Brasileira, tive a honra de defender meu país, cantar o Hino Nacional numa emoção que não há como descrever em palavras. No Yokohama Marinos, do Japão, dificuldades e aprendizado. O Corinthians, o sonho de criança. No Internacional, um amor recíproco e hoje minha paixão. Nos Emirados Árabes, orgulho por ser respeitado, dos títulos e dos amigos do Al Wahda e Dubai Club. No America-MG, uma lesão grave e tive todo suporte necessário, fato que nunca esquecerei. Por fim, Novo Hamburgo, sinônimo de amizade, uma volta ao meu começo de São Caetano. Obrigado primeiro a Deus por me proporcionar tudo isso! Obrigado treinadores, que na maioria das vezes foram professores e grandes mestres. Obrigado a todos os jogadores dos clubes que passei e todos os adversários por terem me aguentando. Sim, eu sei que era muito chato. Reconheço que não era fácil!
Obrigado dirigentes que acreditaram em mim quando me contrataram!!E obrigado a todos os torcedores, razão de tudo, afinal sempre quis ser um torcedor em campo!
Obrigado especial a minha mãe, meu pai, esposa, filhos e irmãos!!!
E foi assim, passando pelo Beira-Rio, Pacaembu, Morumbi e tantos outros estádios pelo mundo que aprendi.
Mas, como tudo na vida tem o começo, tem também o seu FIM!!! O brilhante jornalista Diogo Olivier disse recentemente assim a meu respeito:
"Magrão, Ex-favelado; Paulista mas Gaúcho; Corinthiano mas Colorado, Maloqueiro, Guerreiro". Obrigado Deus !!THE END !!!."
*ZHESPORTES
Acabou
Magrão, ex-Inter e Novo Hamburgo, anuncia aposentadoria
Após tratamento para um câncer, volante foi pego em exame antidoping durante disputa do Gauchão
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