O presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixou claro nesta terça-feira que é contra a suspensão de Israel que a federação palestina pediu por "comportamento racista contra os árabes". A Palestina vai apresentar no próximo congresso da entidade, em maio, uma resolução contra Israel. Para ser aprovada, precisa ser votada por três quartos dos 209 membros.
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- Uma situação como esta não deveria acontecer num congresso da Fifa, porque a suspensão de uma federação, qualquer que seja o motivo, sempre traz prejuízo à organização como um todo - explicou Blatter numa entrevista coletiva durante a assembleia da Confederação Africana de Futebol, realizada em Cairo.
- Vou me reunir mais tarde com Jibril Rajoub, presidente da federação palestina, mas não posso dar mais detalhes - completou o suíço, que tentará no mesmo congresso de maio a reeleição para um quinto mandato à frente da Fifa.
A Palestina denuncia a criação de "cinco clubes nas colônias implantadas em terras ocupadas desde 1967, clubes que participam de campeonatos nacionais israelenses, uma violação do direito internacional".
Os palestinos também acusam Israel de impedir a realização de atividades esportivas nos territórios ocupados, impondo restrições nos deslocamentos entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia e controlando a importação de equipamentos esportivos.
A Palestina foi aceita como membro da Fifa em 1998. A entidade que rege o futebol mundial tem vários projetos sociais nos territórios palestinos, e se comprometeu recentemente em reconstruir equipamentos destruídos por bombardeios do ano passado, em Gaza. A própria sede da federação palestina foi atingido pela aviação israelense.
Conflito até na Fifa
Blatter rejeita suspensão de Israel pedida pela Palestina
Acusação é de "comportamento racista contra os árabes", alega federação
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