Leio que, de 1988 para cá, 275 pessoas morreram de forma violenta tendo o futebol como motivação no Brasil. O levantamento é da agência Lancepress.
Só nove dentro do estádio.
Leia mais opiniões de Diogo Olivier
Eu retrucaria: só nove? É muito. Outra: que diferença faz morrer dentro do estádio ou a 100 metros dali, numa briga de organizadas, quem sabe até em atos isolados de intolerância entre fanáticos rivais?
Alguém argumentará que quase a metade das mortes não ocorreu em dia de jogo. Só se a vida virou equação matemática. Aí basta dividir 275 por dois e deitar a cabeça no travesseiro em paz.
São 275 mortos, 275 famílias destruídas, 275 vidas interrompidas.
Tem muita guerra entre países que não exibe um saldo destes.
Confira outras notícias sobre Esportes
Que se faça o que for preciso para reduzir o risco de vitimar inocentes, dificultar o encontro de gangues inimigas e garantir o máximo de segurança a todos.
Torcida única é radical, triste, uma derrota da civilidade, mas não vejo outra solução no curto prazo. Caminhamos para isso.
Quase aconteceu em São Paulo para o clássico de domingo entre Palmeiras e Corinthians. Eu é que não seria contra, diante de um levantamento de mortes como este.
*ZH Esportes