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A polêmica "descalibragem" nas linhas do VAR, na vitória do Inter por 2 a 0 sobre o Vasco, teve amplo destaque nesta segunda-feira (15) nos jornais do Rio de Janeiro. Prevalecem críticas às falhas na tecnologia e ao chefe da Comissão de Arbitragem, Leonardo Gaciba.
"Faz tempo que alerto para a necessidade de a CBF 'ajustar' os parâmetros no relacionamento entre árbitros e clubes para, no mínimo, mitigar os possíveis problemas (perfeitamente compreensíveis) com este período de adaptação à implantação do árbitro de vídeo. Era evidente que o Brasileiro terminaria com suspeitas em torno do VAR. Mas Leonardo Gaciba prefere a omissão e a tirania. O que se viu na vitória do Inter sobre o Vasco, com falha no equipamento de checagem, quebra a confiança e produz incertezas sobre a credibilidade da tecnologia no futebol brasileiro", critica o jornalista Gilmar Ferreira, colunista do Extra.
Apesar das críticas fortes às falhas no sistema, alguns jornalistas rebatem também a iniciativa do Vasco de pedir a anulação do jogo. O colunista do jornal O Globo Carlos Eduardo Mansur classifica como "inaceitável" a falha do VAR no gol de Rodrigo Dourado, mas não vê qualquer embasamento legal para o Vasco reverter o resultado do campo.
"É difícil admitir que, em plena fase decisiva do Brasileiro, um lance crucial e dificílimo para o olho humano não possa ser revisado com ajuda da tecnologia por uma súbita falha do equipamento. O resultado, claro, é um desequilíbrio competitivo no torneio. Por outro lado, o pedido do Vasco de anulação do jogo só pode ser entendido como satisfação à arquibancada, instrumento de pressão ou desconhecimento da regra", escreve Mansur.
Já o jornalista e ex-técnico do Flamengo Washington Rodrigues, o Apolinho, classifica o ocorrido no VAR como "lambança" e manifesta a sua preocupação com o subtítulo "tapetão à vista no Brasileiro", em sua coluna no jornal O Dia.
No próximo domingo, o Flamengo recebe o Inter no Maracanã, em confronto direto. Uma vitória dará aos colorados o título com uma rodada de antecipação.