O número de professores com doutorado nas salas de aulas da instituições de Ensino Superior brasileiras mais que dobrou na última década. Conforme dados do Censo da Educação Superior, divulgado nesta quinta-feira, a presença desses profissionais cresceu 124% entre 2005 e 2015.
Em 2015, professores com essa titulação representavam 36% do total de docentes, 14% a mais que 10 anos antes. O principal responsável pelo avanço foi a rede pública. Se há 11 anos os doutores eram 40% nessas instituições, passaram a ser 68% dos professores. Já na rede privada, houve pequena retração. De 22% em 2005, profissionais com essa titulação chegaram a 21% em 2015.
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Enquanto o típico docente da rede pública possui doutorado, o grau de formação mais frequente entre os professores na rede privada é o mestrado, chegando a quase 50%. O regime de trabalho também é diferenciado em cada um das redes: nas instituições públicas, professores costumam atuar em tempo integral. Já nas privadas, os profissionais dedicam-se parcialmente à atividade de docência. Em gênero e faixa etária, o perfil do profissional que leciona é idêntico em ambas as redes: a maioria são homens, e a média de idade é 34 anos.