SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As ações da Uber têm queda de 10,34% nesta segunda-feira (13), segundo dia de negociação da companhia na Bolsa de Nova York. Comparado ao preço inicial de venda, a empresa tem uma desvalorização de US$ 13 bilhões. Após estreia decepcionante, o tombo dos papéis é pressionado pelo segundo pior dia do ano para os índices americanos.
Na estreia, as ações fecharam a US$ 41,57, ante o preço de oferta pública inicial (IPO) de US$ 45. Hoje, a cotação é de US$ 37,10.
A queda registrada pela Uber é um dos oito piores desempenhos de ações em seu primeiro dia de mercado, para IPOs realizados nos Estados Unidos e envolvendo mais de US$ 1 bilhão, de acordo com a Dealogic.
A estreia problemática fez com que os investidores questionassem o apetite por companhias de serviços de carros deficitárias, que vêm dependendo de um influxo generoso de capital privado para bancar a expansão acelerada e a concorrência feroz em que estão envolvidas.
A queda no preço das ações da Uber se seguiu ao mau desempenho da rival Lyft, cujas ações estão sendo negociadas bem abaixo do preço de sua oferta inicial, realizada em março; as ações da Lyft também caíram na sexta-feira (10).
Na manhã desta segunda, o governo chinês retaliou o aumento de impostos dos EUA e anunciou acréscimo de 25% nas tarifas de US$ 60 bilhões (R$ 237,4 bilhões) de importações dos EUA a partir de 1º de junho.
O contra-ataque afastou a aposta do mercado em um possível acordo a curto prazo. Índices de Nova York beiram o maior recuo percentual do ano. Às 13h16, Dow Jones recuava 2,44%, S&P 500 perdia 2,31% e Nasdaq cedia 3,31%.