A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) espera uma queda de, no mínimo, 5% para o Produto Interno Bruto (PIB) do setor em 2015, afirmou o presidente da CBIC, José Carlos Martins. Os impactos da retração, diz Martins, já puderam ser sentidos no primeiro trimestre do ano, com as quedas no nível de emprego.
- No mês de janeiro, nunca havíamos registrado saldo negativo de contratações. Em 2015, foi a primeira vez. No ano passado só não tivemos uma queda nas taxas de emprego do setor porque os primeiros meses do ano ainda foram positivos, o que conseguiu segurar o resultado consolidado -destacou Martins.
Segundo Martins, a queda de 2,6% no PIB da construção civil no ano passado não foi uma surpresa. Ele citou como causas para a retração os atrasos de pagamentos em obras públicas, o volume reduzido de PPPs e concessões, a desaceleração do mercado imobiliário e a descontinuidade dos projetos de mobilidade após o fim da Copa do Mundo.
O presidente do CBIC criticou ainda a falta de visibilidade do planejamento do governo e o ajuste fiscal que, segundo ele, reduz investimentos e aumenta impostos sem limitar os gastos públicos.
-Nos preocupa muito mais o futuro do que o passado - disse.
* Estadão Conteúdo