A produção industrial brasileira recuou 0,6% em maio na comparação com o mês anterior. O índice, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve a terceira queda seguida e no ano já acumula perda de 1,6%. Na comparação com o mesmo período de 2014, a queda foi ainda maior: -3,2%, também terceiro resultado negativo consecutivo. Na taxa anualizada, em que se considera o acumulado dos últimos 12 meses, o resultado ainda é positivo, de 0,2%.
Dos 24 ramos da indústria pesquisados pelo IBGE, 15 tiveram resultados negativos em maio. As principais influências negativas foram registradas por produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-3,8%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,9%). Metalurgia (-4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,1%), móveis (-4,4%) e produtos de borracha e de material plástico (-1,4%) também contribuíram para a queda.
Entre os oito ramos que ampliaram a produção, os principais desempenhos foram das indústrias extrativas (1,4%), produtos alimentícios (1%) e produtos do fumo (18,5%).
Queda em 2014
No acumulado entre janeiro e maio, a indústria caiu 1,6%. O principal impacto negativo foi da indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias (-12,5%), influenciado pela menor produção de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e autopeças. Outras contribuições importantes vieram dos setores de produtos de metal (-8,8%), outros produtos químicos (-3,7%), metalurgia (-3,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,4%) e de máquinas e equipamentos (-2,7%).
Entre as atividades que ampliaram produção, as principais influências foram em indústrias extrativas (4,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,9%).
*ZERO HORA