Redação Donna
Assim como cada um de nós tem direito a desfrutar de algum tempo para estar a sós com seus pensamentos, todos precisam de um espaço mínimo para partilhar um quarto. Mesmo as pessoas que se amam e convivem bem podem ter atritos ao dormir na mesma peça. Essas rusgas cotidianas podem ter os mais variados motivos, da diferença da temperatura ambiente ideal à iluminação que não deixa o parceiro de quarto dormir.
Todo bom relacionamento baseia-se no respeito mútuo, que no quarto é muito exigido. Nos exemplos que citei sobre pontos de atrito, graduar a temperatura do ar- condicionado, tirando uma média da preferida por cada um, é sinal de boa vontade; dividir ordeiramente uma gaveta, ter abajur de cabeceira, um protetor para os olhos e a preocupação em procurar não fazer barulho enquanto o outro dorme revelam respeito mútuo.
Penso que o convívio agradável em um quarto compartilhado começa no planejamento da decoração. Luz pontual para preservar a liberdade de cada um é o básico. Aprende-se muito nos hotéis. Recordo sempre do Queen Alexandra, em Copenhague. O pequeno quarto para executivos, com duas camas e banheiro, oferece mínimos espaços bem aproveitados. Nunca pensei que em uma estreita prateleira fixada na parede ao lado da cama coubesse tanta coisa.
O melhor treinamento para dividir um quarto se faz na infância, entre irmãos dormindo num mesmo espaço com as brigas eventuais resolvidas pela intervenção das mães, atentas à uma decoração racional, programada para o bem-estar das crianças.