Redação Donna
O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) reabre suas portas nesta quinta-feira. O ato tem significado especial: representa o renascimento de um dos espaços museológicos mais importantes do país. As exposições Tempo, Espaço e Arte e Linhas Artísticas no Acervo do Masc mostram um pouco da trajetória e acervo do museu, fechado há dois anos por conta da inconclusa reforma do prédio do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, onde está instalado.
Sob curadoria de Jayro Schmidt, a exposição temporária Linhas Artísticas no Acervo do Masc um reencontro doMasc ? que teve início em 1948 ? com o seu público, sendo uma oportunidade de conferir a variedade do acervo, que conta com importantes obras de artistas catarinenses de renome nacional e internacional. A proposta do curador é um convite à imersão, em um espaço promotor de cultura que permite ao visitante desenvolver seu próprio diálogo com as obras apresentadas.
A concepção da exposição de longa duração Tempo, Espaço e Arte tem como objetivo apresentar a trajetória institucional abordando os espaços de "morada" no tempo de sua existência, desde sua criação até a sua instalação nas dependência do CIC. A pesquisa foi coordenada pelo historiador Fábio Andreas Richter e pelo museólogo Renilton Roberto de Assis. A exposição se propõe a desvelar situações vivenciadas ao longo da existência do museu e da busca em se constituir como espaço para as artes visuais no Estado.
Esta será a primeira vez que o museu oferecerá ao público uma exposição de longa duração sobre a sua história, além da mostra reunindo 200 obras de arte que formam sua coleção de quase 2 mil trabalhos.
As informações sobre as duas exposições serão apresentadas em três línguas ? português, inglês e espanhol.
Acervo começou a ser formado a partir de 1948
A formação do acervo do Masc teve início com a apresentação da Exposição de Arte Contemporânea, trazida a Florianópolis em 1948 pelo escritor carioca Marques Rebelo. A mostra, que na época repercutiu na cidade, foi apresentada no Grupo Escolar Modelo Dias Velho, hoje Escola Básica Antonieta de Barros, no centro da cidade, rendendo, na época, importantes doações por parte do próprio escritor, de artistas participantes, e aquisições oficiais.
A ideia do escritor era de que a exposição frutificasse em museu, e, com o apoio de um grupo de intelectuais de Florianópolis, que ficou conhecido por Grupo Sul, essa intenção deu certo. Em 18 de março de 1949, por decreto estadual, foi criado o então Museu de Arte Moderna de Florianópolis (Mamf), atual Masc.
Passados 62 anos de sua criação, o acervo da instituição conta com uma significativa representação da arte nacional, além de algumas importantes obras de outros países.
A arte catarinense está representada, entre outros, por Eduardo Dias, Malinverni Filho, Martinho de Haro, Hassis, Eli Heil, Rodrigo de Haro, Elke Hering, Rubens Oestroem, Luiz Henrique Schwanke, Juarez Machado, formando uma verdadeira retrospectiva da produção do Estado.
Na coleção nacional figuram nomes como Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Djanira, Emeric Marcier, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Guignard, José Pancetti, Carlos Scliar, Iberê Camargo, Tomie Ohtake, Aldo Bonadei, Mário Zanini, Lula Cardoso Ayres, Frans Krajcberg, Antonio Maia, Marcelo Grassmann, Fayga Ostrower, Antonio Henrique Amaral, Lívio Abramo.
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