ESTRELAS MICHELIN NO BRASIL
O Guia Michelin foi publicado pela primeira vez em 1900 por André Michelin, o fundador da fabricante de pneus que leva o mesmo nome. O objetivo era promover o turismo para o crescente mercado automobilístico. Hoje, é uma premiação para os principais restaurantes do mundo. Os inspetores visitam os lugares anonimamente, pagam por suas refeições e, em seguida, avaliam com estrelas, seguindo cinco critérios: qualidade dos produtos, domínio do sabor e técnicas culinárias, personalidade do chef, relação qualidade/preço e consistência entre visitas. No ano passado, apenas três restaurantes brasileiros receberam duas estrelas: D.O.M, de Alex Atala, e Tuju, do chef Ivan Ralston, em São Paulo, e Oro, de Felipe Bronze, no Rio de Janeiro. Nos país, outros 15 estabelecimentos ganharam uma estrela.
Episódio: #10
CAMPANHA CONTRA AS ESTRELAS MICHELIN
O chef britânico Marco Pierre White, dono do restaurante e hotel The English House, em Singapura, conquistou três estrelas Michelin no ano passado, mas abriu mão delas e não deixou os inspetores entrarem no seu restaurante na última vez. Segundo ele, a busca pelas estrelas faz mal para a cabeça. “Quando eu tinha três estrelas, eu não tinha nenhuma liberdade. Se eu não tivesse aberto mão, provavelmente, estaria atrás do fogão o tempo todo”, disse ele.
Episódio: #14
WORLD'S 50 BEST
Como nome já diz, a premiação elege os 50 melhores restaurantes do mundo e, desde 2002, tem um painel com cerca de mil especialistas que definem esse ranking através de uma votação. O voto é secreto até o anúncio dos vencedores, assim como os jurados devem permanecer anônimos. Além de não poderem votar em seus próprios estabelecimentos, cada jurado vota em 10 restaurantes por ordem de preferência e, pelo menos, quatro devem estar fora da região em que moram. Até 2015, a cerimônia ocorria todos os anos, em Londres. Depois, passou a ser em diferentes cidades do mundo. A de 2019 foi em Singapura, e, devido a pandemia, a de 2020 foi prorrogada para o próximo ano.
Episódio: #16 e #17
CRÍTICA AO 50 BEST
O crítico gastronômico Ryan Sutton escreveu, em 2015, um texto que apontava erros graves da premiação 50 Best. Um deles é que, na época, havia muitos restaurantes europeus e pouca representatividade para localidades como África, Ásia, Oriente Médio e América do Sul. Na lista de 2014, apenas dois premiados eram da China e da Índia. No ano passado, 25 países foram agraciados, contemplando os seis continentes. Outro erro apontado pelo crítico é que os lugares eram muito caros: a média de preço, em 2014, era de U$ 220 por menu-degustação. Além disso, na lista de 2014, apenas dois restaurantes premiados eram comandados por mulheres. Em 2019, pouca coisa mudou: seis chefs foram reconhecidas.
Episódio: #16 e #17