Um grande e belo lagarto, com talvez meio metro de comprimento, de vez em quando aparecia na nossa casa na praia. Ele passava do terreno baldio onde morava para o nosso jardim por um buraco no solo, junto ao muro de concreto que cercava o gramado. Cada vez que o lagarto surgia era uma festa. Minhas três filhas, na época ainda crianças, acompanhavam, alegres, sua lenta trajetória, que terminava quando, depois de caminhar rente ao muro, passava por baixo do portão de madeira e ganhava a rua. O tucano que nos visitava também era bem simpático. O lagarto, contudo, era tratado como um verdadeiro popstar. Não dava autógrafos para suas pequenas fãs porque tinha mais o que fazer.
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