Oscar perde 16% de audiência com apresentador que não convence

A entrega dos prêmios do Oscar, no último domingo, sofreu uma queda de 16,3% na audiência nos Estados Unidos em relação ao ano passado, segundo dados divulgados na última segunda-feira. Especula-se que a maior causa do fiasco tenha sido a apresentação de Neil Patrick Harris, que não convenceu com suas piadas.

Cerca de 36,6 milhões de pessoas acompanharam a cerimônia, que durou mais de três horas e meia e foi celebrada no Teatro Dolby, em Los Angeles. São os piores dados de audiência nos últimos seis anos, de acordo com a rede de TV ABC, que transmitiu a festa.

Os organizadores queriam repetir os bons resultados do último ano - os melhores da última década -, quando a apresentadora Ellen DeGeneres conquistou uma audiência de 43,7 milhões de pessoas.

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A apresentadora cativou o público e quebrou o protocolo, servindo pizza para o público e fazendo uma selfie com as maiores estrelas de Hollywood - foto que chegou a quebrar o servidor do Twitter, tirando o site do ar.

Harris, que apresentou a premiação pela primeira vez, começou a noite protagonizando um número musical em que parodiou a indústria cinematográfica. Apesar do sucesso inicial, logo perdeu o fôlego e não conseguiu dar ritmo à cerimônia, que tradicionalmente é vista como formal e séria.

Um dos momentos mais comentados foi quando o apresentador apareceu de cueca, parodiando uma das cenas em que o personagem de Michael Keaton em Birdman cruza a Times Square seminu.

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Embora Harris tenha feito vários comentários sobre a ausência de atores negros renomados e sobre a impossibilidade de Edward Snowden receber seu prêmio de Melhor Documentário por CitizenFour ("por motivo de traição", disse), a imprensa do entretenimento criticou o ator pelo tom de suas piadas.

O jornal The New York Times afirmou que sua atuação foi "pouco estimulante" e que foi "um esforço" assisti-la. Já o The Washington Post considerou que Harris "não conferiu toda a emoção necessária para se assistir às três horas e 38 minutos de premiação sem bocejar".

* AFP