
O bairro de Mayfair é conhecido por suas butiques exclusivas: Prada, Burberry, Yves Saint Laurent. E, há mais de um século, as ruas elegantes da região também abrigam algumas das galerias de arte mais tradicionais da Inglaterra. Há pouco tempo, porém, elas ganharam novos vizinhos: Gagosian, Pace, Hauser & Wirth, Michael Werner, David Zwirner.
Algumas inauguraram ou expandiram seus espaços, pagando um preço bem salgado.
Apesar disso, como acontece no mundo "eu também" da arte contemporânea, outras galerias, principalmente norte-americanas, devem seguir o exemplo.
- Há arte na rua num nível nunca visto antes - afirma o corretor de imóveis David Rosen, que se diz ocupadíssimo tentando descobrir novos espaços para aluguel no bairro.
Sob vários aspectos, as novas galerias são um sinal da concorrência acirrada do mercado. Os comerciantes de arte não só estão disputando os novos colecionadores de países como Rússia, China e Oriente Médio que têm casa na cidade, mas também os novos artistas, que cada vez mais exigem negociantes com alcance mundial. Londres se tornou a cidade escolhida para esse tipo de comércio, tendo Mayfair como seu centro.
- É onde tudo acontece. Tem a Sotheby's, a Christie's, a Claridges, o Connaught e o Ritz - diz Rosen, citando os nomes das maiores casas de leilão e hotéis famosos.
Embaixadas estrangeiras e centenas de empresas famosas também se estabeleceram em Mayfair. Os russos do Grupo Mercury, por exemplo, pagaram cerca de US$ 160 milhões por um prédio de 4.831 metros quadrados em 30 Berkeley Square, o qual planejam transformar na sede da casa de leilão Phillips.