No primeiro aniversário da morte de David Bowie, nesta terça-feira, seus fãs lhe prestaram uma emotiva homenagem em Brixton, o bairro do sul de Londres onde o músico nasceu, há 70 anos.
Uma jovem loira chorava enquanto sua amiga desenhava um coração com seu batom no grande mural que exibe o rosto do cantor, que agora está coberto com plástico para protegê-lo.
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Era a hora do almoço, e várias pessoas haviam se reunido neste lugar transformado em centro de culto há um ano, quando atraiu espontaneamente tantos admiradores consternados pela morte inesperada.
Desde o início da manhã, transeuntes, fãs e turistas, em alguns casos com o rosto maquiado como Ziggy Stardust – o personagem espacial criado por Bowie –, acenderam velas, colocaram flores e cartões de aniversário para o cantor, morto em 10 de janeiro de 2016 por um câncer que manteve em segredo.
"Meu herói", "Te devo tudo", "Nunca esquecido", "Feliz aniversário, David", "RIP David, meu herói, meu ídolo", afirmavam algumas das mensagens, às vezes acompanhadas de um desenho.
Roger Rowley, músico e ator, e sua companheira Rachael Gilliband, historiadora, acordaram às 4h30min para pegar um ônibus em Leeds, no norte da Inglaterra, até a capital.
– Por nada no mundo teríamos perdido isto, os tributos são maravilhosos – disse Roger, acrescentando que Bowie o acompanhará "sempre". – Escutei Blackstar, seu último disco, quatro vezes, e nunca sem chorar. Bowie revolucionou a música, ninguém me inspirou mais que ele. É eterno – acrescentou.
– É fabuloso, desafiou todas as normas – completou Gilliband.
Victoria Wiet, estudante de doutorado americana de 26 anos, escuta incessantemente as músicas de Bowie há um ano.
– Vim ao Reino Unido para uma conferência sobre David Bowie e pude assistir a este momento de devoção coletiva. Sou uma grande admiradora desde que tinha 13 anos, e quando soube da sua morte, pelo Facebook, fiquei completamente comovida – ressaltou Victoria.
* AFP