Zé Victor Castiel
Quando eu tinha nove anos, nitidamente havia chegado a hora de deixar as bicicletas ditas para crianças, e passar, literalmente, quase um ano enchendo meus pais com a tese de que era imperioso um esforço financeiro (na minha ingênua percepção) e eu era um legítimo merecedor de pilotar uma bicicleta de porte maior, daquelas que permitiam virar o guidão (para parecer de corrida) e colocar prendedores de roupa com cartas de baralho em atrito com os aros da roda (para fazerem um barulho de motor).
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