Diante da ofensiva da Polícia Federal (PF) sobre um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ficou insustentável a permanência do diretor-adjunto do órgão, Alessandro Moretti.
Auxiliares do presidente Lula creditam a iminente demissão ao histórico do número 2 da instituição, que inclui atuação junto a integrantes do governo Jair Bolsonaro. Outros nomes da cúpula também estão sob avaliação.
No governo passado, a Abin estava sob responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Lula a colocou na alçada da Casa Civil e escolheu um nome de sua confiança para chefia a estrutura, o delegado Luiz Fernando Corrêa. Em entrevista à Rádio CBN do Recife nesta terça-feira (30), Lula admitiu que não conhecia outras pessoas para a cúpula.
Agora, o governo desconfia de que o atual diretor-adjunto mantenha relação com pessoas ligadas a Bolsonaro, entre eles o deputado e ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem. Na entrevista, Lula pontuou que, caso o vínculo seja comprovado, não haverá clima para ele permanecer.