Os resultados de campo do Inter não abalam apenas as questões técnicas e o ânimo do torcedor. Há um impacto no caixa também que desafia a atual gestão. O dezembro deste 2020 virado de perna para o ar pelo coronavírus prevê para os clubes uma conta elevada.
Mesmo que as férias não sejam tiradas agora, elas precisam ser quitadas. Assim, a folha a ser paga até o dia 20 terá um custo mais do que dobrado, já que há também o 13º para ser quitado. Ou seja, os jogadores receberão 2,35 salários.
Por isso, a eliminação na Copa do Brasil foi lamentada ainda mais. Os R$ 7 milhões de premiação ajudariam a bancar, pelo menos, um terço dessa folha vitaminada.
O presidente Marcelo Medeiros teve como marca em seus quatro anos de gestão o pagamento dos salários em dia. Até mesmo nesse ano com perda de receita de rendas de jogos e impacto no quadro social, pela ausência de público nos estádios, o Inter manteve o mês durando 30 dias. Houve pequenos atrasos, mas nada que fugisse do controle.
A ordem no clube é de renegociar contratos e pagamentos com fornecedores para fechar o 2020 com tudo em dia com os jogadores. O prazo para isso é 20 de dezembro. A classificação para as quartas de final da Libertadores seria de grande ajuda. Embora, o pagamento da cota de US$ 1,5 milhão dificilmente entraria neste ano.
A Conmebol costuma demorar de 20 a 30 dias para depositar os valores - o jogo de volta contra o Boca será no dia 9. Mesmo assim, em um ano com receitas tão escassas e uma ginástica para manter as contas minimamente domadas, classificar na Bombonera terá alívio duplo. No coração e no caixa do clube.