A contagem regressiva para o prazo final de realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) entrou no modo acelerado. Com menos de um mês pela frente, os produtores – em especial os do Rio Grande do Sul – terão de correr contra o tempo. Oficialmente, não há qualquer sinalização de que o governo irá ampliar o período. Pelo contrário.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, tem deixado claro que não haverá prorrogação. Há tentativas sendo feitas no Congresso – mas que, necessariamente, têm de passar pela sanção presidencial.
Quem não cumprir a exigência do novo Código Florestal fica em situação irregular, tal qual o contribuinte que não presta contas ao Leão, guardadas as proporções.
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O Rio Grande do Sul, que ainda segue na lanterna nacional, somava ontem 188,77 mil imóveis rurais cadastrados, 42% das 441,47 mil propriedades mapeadas pelo IBGE. Em área, soma 20,2%.
A boa notícia é que, em março, o Estado atingiu, segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o pico de adesões, com 53.141 propriedades. Em igual mês de 2015, haviam sido apenas 1.043.
– O ritmo é crescente – confirma Maria Patrícia Möllmann, secretária-adjunta.
Isso apesar do imbróglio envolvendo o decreto do Bioma Pampa, alvo de questionamento do Ministério Público Estadual.
– Acho que chegaremos ao dia 5 de maio com 70% dos imóveis cadastrados. A orientação é para os produtores preencherem. É importante cumprir a lei – pondera Eduardo Condorelli, assessor da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).