Com baquetas, dois robôs programados pela equipe de robótica da empresa de soldagem Sumig tocaram clássicos do rock na bateria. Eles estavam acompanhados por "músicos de verdade" em um evento da indústria em Caxias do Sul, na serra gaúcha.
O show foi no encerramento deu um evento chamado Simecs Transforma. Foi usada inteligência artificial junto à técnica dos artistas Sasha Zavistanovicz, guitarrista, e Beto Viana, vocalista. No repertório, We Will Rock You, da banda Queen, que contou com um coro tímido dos empresários. Teve também Seven Nation Army, dos The White Stripes, Iron Man, do Black Sabbath, e o "riff" (trecho característico da música) de Pretty Woman, de Roy Orbson.
Para uma aplicação como essa das máquinas, onde não são utilizadas as funções normais industriais, existem alguns desafios, conta o diretor de operações da Sumig, Fabio Tiburi. Deve-se levar em consideração que as máquinas são mais rápidas que o ser humano em determinadas situações, porém sua dinâmica não é tão hábil e ágil.
— São funções de controle de movimentos que permitem um resultado mais harmônico. Há uma certa complexidade para se traduzir o movimento mais próximo ao de um ser humano aplicado a este tipo de ação — conta o diretor de operações da Sumig, Fabio Tiburi.
Segundo os músicos, o maior desafio foi se adaptar à máquina. Um membro da banda teve que operar as trocas de ritmo necessárias usando um pedal.
— O preparo mais específico que tivemos que fazer foi entender os andamentos, as batidas que ele iria reproduzir, e como poderíamos sincronizar isto com a nossa música de uma maneira que ficasse natural — disse o guitarrista.
A próxima apresentação deve acontecer na Mercopar, feira de inovação e negócios que será realizada também em Caxias do Sul em outubro.
Colaborou Guilherme Gonçalves
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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