Francisco Marshall
Aristóteles (384-322 a.C.) definiu na Poética que a tragédia é imitação de ações e da vida; há nas ações o imperativo ético que exige decisões, e, na vida, há algo ainda mais complexo do que o que muitos chamam realidade. Assim, há circularidade entre história e ficção, pois esta é análise mimética do que podemos pensar diante dos sentidos do mundo, do destino e da vida. Absurdos que soam improváveis na ficção se tornam ainda piores quando históricos, e nos fazem pensar: é possível que isso aconteça? É fatualidade trágica ou historicidade da ficção? Historiador e poeta compartilham perplexidades: como analisar fatos reiterados, de magna crueldade? Pensemos, então, tramas históricas em cenário imaginado, para examinarmos tragédia e história.
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