Celso Loureiro Chaves
O pianista Paul Badura-Skoda nos deixou há poucos dias. Se houve um filósofo do piano, foi ele. Muito antes dos anos 1980 e da reinvenção da música tocada como se fosse tocada no seu próprio período de origem (uma alucinação, eu sei), Badura-Skoda já fidelizava as partituras e fazia delas a sua máquina do tempo. Assim, ouvir Mozart, Schubert, Beethoven tocados por ele é ouvir música do alto da alta filosofia. O mais admirável é que, já bem dentro dos 90 anos de idade, Badura-Skoda ainda dava recitais.
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