Carlos Gerbase
A criação artística, desde quase sempre, estabeleceu laços eventuais, e às vezes bem duradouros, com o poder econômico. Fídias, Bach, Michelangelo e Shakespeare eram geniais, mas isso não bastava para pagar a conta no armazém. Escultores, músicos, pintores e dramaturgos tinham mecenas – pessoas ou instituições, como a Igreja ou o Reino, que pagavam para receber obras com determinadas características, de acordo com as escrituras sagradas, a estética preferida de Sua Majestade, ou a simples vontade de um ricaço de ter um retrato de si mesmo (ou de sua esposa) em cima da lareira. E ai do pintor que não aprimorasse o nariz da esposa.
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