Carlos Gerbase
Um mês atrás, destaquei neste espaço três livros que sabiam contar histórias locais com sabor universal. A literatura de todas as línguas é pródiga nessa operação de revelar um todo — ou até “o todo”, pelo menos para quem acredita na natureza humana — a partir de detalhes geográficos ou cenográficos aparentemente banais. Outras linguagens fazem coisa parecida. A fotografia, tão mais jovem que a escrita, encontrou sua forma de universalizar a representação do mundo apontando a câmera para o que, às vezes, está bem próximo, mas passa despercebido a um olhar desatento. Um bom fotógrafo, contudo, nunca está desatento.
GZH faz parte do The Trust Project