Durante o mês de agosto, GZH publicou um formulário em seu site no qual convidava assinantes e leitores a explicar o impacto de reportagens em suas vidas. No dia em que o jornal digital completa seis anos, convidamos você a ler essas histórias.
Se você também tem uma história para contar, nos mande aqui.
Impacto das reportagens na vida de seis leitores
Deivison Martins, do estudo de balé à dança na UFRGS: "Há um período antes e depois da reportagem"
Quão longe os passos de dança podem levar uma pessoa? Os de Deivison Gularte Martins, até agora, o levaram à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Há quatro anos, Deivison ganhou uma bolsa para estudar balé clássico em Nova York, quando era aluno do Ballet Vera Bublitz, em história contada em GZH na época.
Hoje, aos 19 anos, Deivison é estudante de dança contemporânea na UFRGS, guiado pela base que o balé proporcionou. Morador do bairro Guajuviras, na periferia de Canoas, o jovem tem descoberto novas paixões na universidade. Deivison conta que a publicação da reportagem, em 2019, também lhe abriu portas. A comunidade de estudantes se mobilizou para ajudá-lo a custear o transporte para as aulas de balé e, além disso, uma escola de inglês de Canoas ofereceu uma bolsa após a publicação.
— Eu acho que foi bem importante, bem importante mesmo, porque através dessa matéria eu comecei a ganhar visibilidade. Onde eu moro, em Canoas, consegui uma bolsa para um curso de inglês na época graças à matéria — relata. Leia aqui a história completa.
Rejane Ferreira, do acolhimento aos animais à mobilização para manter o sítio: "Torna a informação universal"
Dividindo espaço com dezenas de focinhos curiosos, Rejane Velho Ferreira, 50 anos, aguardava a equipe de reportagem escorada em uma porteira. O "Sítio da Rejane", como é conhecido o local que é lar de mais de 400 animais, foi pauta de GZH em 2020. Quase três anos depois, a reportagem voltou ao local, que não diminuiu quantidade de bichos e ainda enfrenta os mesmos desafios.
— É muito importante pra gente esse espaço [na imprensa], porque é quando realmente torna a informação universal, vai pra todos os cantos e não fica restrito a uma rede social ou àquelas pessoas que já são teus contatos — comenta Rejane.
Há 17 anos Rejane comprou o sítio, localizado no Lami, extremo-sul de Porto Alegre, para morar com a família e ter mais espaço para os dez cães e seis gatos que tinha na época. A contadora, que não exerce mais a profissão, sempre ajudou os animais. Antes do sítio, pagava um local para abrigar cachorros que haviam sido abandonados. O acolhimento foi crescendo e hoje Rejane tem 400 cães e 30 gatos, além de galinhas, um cavalo e até ovelhas. Leia aqui a história completa.
Tio Jora, dos churros aos planos para a aposentadoria: "O pessoal lembra que falamos com vocês"
O sabor único da massa frita feita pelas mãos de Jorami de Figueiredo, dono do Churros do Tio Jora, faz parte do centro de Porto Alegre há mais de 50 anos. Acompanhado de Daniela Pasin, sua esposa desde 2007, o empreendimento do vendedor é um sucesso no coração da Capital há décadas, e, segundo o próprio Jorami, o negócio foi alavancado depois de participar de reportagens.
— A RBS foi um canhão para nós. Quando demos uma entrevista em Capão da Canoa, o pessoal chegava lá e dizia: "Bah! Tu falou na rádio" — relatou Jorami.
Em uma reportagem publicada em 2018, sobre a preparação de brasileiros para a aposentadoria, Jorami compartilhou sua história com os leitores. Leia aqui a matéria completa
Luciane Brum, da pandemia à esperança das vacinas: "Foi a valorização do profissional de enfermagem"
Um ano de muito trabalho e sofrimento, mas também de felicidade e gratidão. É assim que Luciane Godoi Brum define o período em que trabalhou com as imunizações contra a covid-19 em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
De novembro de 2020 a dezembro de 2022, Luciane se uniu aos milhares de enfermeiros e técnicos de enfermagem que levaram esperança à população através de um frasco de vacina. Em abril de 2021, GZH mostrou a rotina dos profissionais que trabalhavam na função, e Luciane foi uma das retratadas.
— A importância da reportagem naquela época foi a valorização do profissional de enfermagem. Não tinha como fechar posto de saúde, não tinha como fechar hospital, tu tinha que trabalhar — afirma. Leia aqui a história completa.
Silvia Canabarro, do desabafo ao apoio ao filho autista: "Creio que auxiliou outras mães a terem um alento"
A escrita sempre foi um hobby para Silvia Sperling Canabarro, mas passou a ser uma espécie de "terapia". Mãe de um filho autista, a nutricionista conta que a convivência com Otávio, hoje com 19 anos, a tornou mais crítica, ansiosa e realista.
O seu olhar a inspirou a anotar depoimentos que foram compartilhados em GZH durante a última década, entre eles, um texto que chama atenção para a necessidade de tolerância na criação de uma pessoa com transtorno do espectro autista (TEA):
— Escrever para mim é uma catarse. Ter meu texto publicado em GZH foi uma forma de aliviar meu coração. Pude compartilhar decepções e ansiedades. Leia aqui a história completa.
Asher Rubin, da resistência à reinvenção da loja de canetas: "Sou grato até hoje"
A loja 30 da Galeria do Rosário, no Centro Histórico de Porto Alegre, é uma prova para os colecionadores de caneta que os itens continuam populares mesmo na era digital. Asher Rubin, 71 anos, viu seu negócio de venda dos instrumentos de escrita crescer após a reportagem de GZH, publicada em 2021, que detalhou a expansão do portfólio em meio à pandemia. A loja Rei das Canetas se reinventou e consolida seu sucesso até os dias de hoje.
— Eu não tinha a dimensão do que seria essa matéria. Ela nos trouxe muitos benefícios, teve uma repercussão incrível, muito boa e positiva. Sou grato até hoje — contou Asher, que comanda a loja com Elisabet Vivan, 70 anos, sua esposa há 33 anos.