A Polícia Civil de Pernambuco investiga o caso de uma câmera encontrada dentro de um quarto do OKA Beach Residence, um resort que funciona na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas. O equipamento foi encontrado por um casal de turistas que se hospedou no resort, que também funciona como flat, entre os dias 13 e 17 deste mês. O aparelho estava em frente à cama e parecia uma tomada.
Em entrevista ao g1, o advogado do casal disse que os turistas estavam viajando com duas amigas. Eles pediram para não ser identificados, por medo da exposição. O grupo se hospedou em dois flats diferentes do resort.
A ocorrência está sendo investigada como crime de "registro não autorizado de intimidade sexual" (Art. 216 - b do Código Penal), que trata sobre "produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes", com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa.
De acordo com o advogado, o casal comunicou a descoberta do equipamento imediatamente à gerência do resort, que pediu a um funcionário para ir até o quarto fazer imagens do objeto.
O advogado disse ainda que a polícia ligou para o casal na quarta-feira (17), pedindo a presença deles para fazerem uma perícia no flat. Os viajantes explicaram que já estavam no Aeroporto Internacional do Recife e embarcaram de volta para São Paulo.
De acordo com o advogado, a polícia não comunicou aos clientes sobre o conteúdo encontrado no aparelho. Mesmo assim, afirmou que medidas judiciais serão tomadas para evitar que eventuais imagens sejam vazadas ou vendidas ilegalmente.
Os viajantes avaliam processar a empresa que administra o resort, e a plataforma de reserva Booking, por onde contrataram a hospedagem.
Segundo a reportagem do g1, a Booking foi procurada, mas não respondeu até a última atualização da reportagem. O g1 também entrou em contato com o resort e foi comunicado, por telefone, de que o pedido de informações seria repassado à administração da empresa, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.