Um médico de 63 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil na segunda-feira (6), suspeito de ter cometido abuso sexual contra uma paciente durante uma consulta na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Rio Grande, no sul do Estado. A prisão foi convertida em preventiva na terça (7) pela Justiça a pedido da polícia e do Ministério Público. O profissional está na Penitenciária Estadual de Rio Grande. O nome dele não foi divulgado.
De acordo com a Delegacia de Polícia de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPPGV), o médico, que atuava como clínico geral na UPA do Balneário Cassino, é suspeito de importunação sexual. Segundo a polícia, o médico teria colocado a paciente entre suas pernas, de costas, com a parte superior do corpo à mostra, enquanto a examinava.
— A vítima relatou que sentiu-se desconfortável e violada, mas que ficou sem reação diante da situação —diz a polícia.
Após a consulta, a vítima compartilhou o ocorrido com enfermeiras da UPA, que prontamente acionaram a Polícia Civil.
As equipes da Polícia Civil chegaram ao local e ouviram os relatos da mulher e das enfermeiras, que disseram que já houve queixas de outras pacientes contra o médico. Os agentes, então, prenderam ele em flagrante. Na delegacia o médico permaneceu em silêncio e depois foi encaminhado para a Penitenciária Estadual do Rio Grande (Perg).
Ainda de acordo com a DPPGV, o homem já tinha sido alvo de reclamações de outras mulheres. O Poder Judiciário afirmou que uma outra denúncia havia sido efetuada por outra paciente no dia 4 de novembro, semana anterior à prisão.
A prefeitura do Rio Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), emitiu uma nota afirmando que a empresa que administra a UPA do Cassino afastou o médico de todas as funções para as quais havia sido contratado. A pasta ainda lamentou o ocorrido, e se solidarizou com as mulheres que fizeram as denúncias. Por fim, afirma que “qualquer comportamento antiprofissional por parte de servidor público ou terceirizado que presta serviço à comunidade jamais será admitido”.