Um efetivo de 9 mil homens das Forças Armadas reforçará a segurança do Rio de Janeiro a partir da tarde de quarta-feira, informou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, em entrevista no Comando Militar do Lesta, no Rio. O patrulhamento militar no Estado foi solicitado pelo governador Luiz Fernando Pezão e autorizado pelo presidente Michel Temer.
O ministro foi taxativo ao afirmar que a Operação Carioca tem caráter preventivo, porque, ao contrário do Espírito Santo, o Estado do Rio não vive descontrole ou desordem do policiamento. No pedido enviado a Temer, Pezão chegou a mencionar o risco de uma contaminação do Rio pela situação do estado vizinho. Na última sexta-feira familiares de policiais passaram a fazer protestos na porta de batalhões da Polícia Militar, a exemplo do que ocorreu no Espírito Santo, mas com efeitos bem menores.
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– Diferentemente do que se passou ou vem se passando em alguma medida no Espírito Santo, não há descontrole, não há desordem (no Rio de Janeiro). O policiamento, em que pesem os protestos, estão na ordem de 95%, 97%, realizando suas missões – afirmou Jungmann. – Não temos indicativo de inteligência que fale em contágio da situação do Espírito Santo no Rio – completou.
Como antecipou a reportagem, o prazo de permanência das Forças Armadas no Rio poderá ser prorrogado, mas apenas se houver necessidade. Uma reavaliação da situação do Estado será feita ao fim do primeiro prazo autorizado pelo presidente Michel Temer para patrulhamento de Garantia da Lei e Ordem.
O pedido apresentado pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, ao presidente Michel Temer previa que as Forças Armadas entrassem em operação no Rio em 12 de fevereiro e ficassem até o dia 5 de março, depois do carnaval. Apesar disso, o decreto que permitiu que as tropas atuassem no Estado, publicado nesta terça, autorizou sua permanência apenas até 22 de fevereiro, portanto, antes do feriado.
De acordo com o ministro, o prazo concedido ao Rio é padrão. A ideia da Operação Carioca é que os militares atuem em algumas áreas, liberando o efetivo da Polícia Militar. Assim, a PM poderá ser deslocada para áreas em que haja situações críticas, como os protestos que vêm acontecendo nas imediações da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), durante a votação das medidas de austeridade fiscal propostas pelo governo do Rio.
Jungmann confirmou que as Forças Armadas não serão deslocadas para a Alerj, como havia pedido Pezão, mas estarão em reserva em caso de uma eventualidade. Segundo o ministro, a Força Nacional e a PM continuarão realizando o policiamento no local.
*Estadão Conteúdo