O projeto Rede Bem Cuidar RS foi lançado nesta segunda-feira (23) pelo governo gaúcho com o objetivo de qualificar o atendimento das equipes de Saúde da Família. Cada município gaúcho poderá escolher uma unidade para participar do projeto.
As prefeituras que ingressarem na rede receberão incentivo de R$ 30 mil, em parcela única, e R$ 8 mil mensais para custeio. O governo do Estado investirá R$ 15 milhões para custear a adesão, considerando a parcela única. Já o repasse mensal resultará em um investimento de R$ 48 milhões anuais.
A Rede Bem Cuidar RS quer abranger mais efetivamente as demandas da comunidade e intensificar a adaptação de cada unidade à realidade local. Inicialmente, o projeto irá se concentrar na população idosa — atenção em saúde para o envelhecimento saudável, inclusive com certificação dos serviços de saúde como Unidades Amigas do Idoso. Em seguida, o foco será estendido a crianças, superidosos (acima de 80 anos), populações indígena, negra, em situação de rua e privada de liberdade, migrantes internacionais, assentados e pessoas com deficiência.
As equipes da Saúde terão incentivo para desenvolver práticas mais acolhedoras e resolutivas, em ambientes mais confortáveis para os usuários e trabalhadores, melhorando as condições de trabalho e de atendimento.
— Por exemplo, se, no território de determinada unidade, gestores, profissionais e comunidade entenderem que um problema recorrente é o sobrepeso e a obesidade, será uma prioridade trabalhar uma alimentação mais saudável. Aquela unidade poderá ter uma horta comunitária ou oferecer oficinas para que as pessoas façam suas próprias hortas — explicou a coordenadora da Divisão de Atenção Primária da Secretaria Estadual da Saúde, Laura Ferraz.
Além da implementação da Rede Bem Cuidar RS, o governo fará o aporte de R$ 6 milhões para a reforma de 30 unidades básicas de saúde e de R$ 10,5 milhões para a ampliação de outras 30 por meio de edital de seleção. No total, serão R$ 16,5 milhões em investimentos na saúde primária do Estado.
Caberá aos municípios a responsabilidade de alimentar o sistema de monitoramento do projeto e participar das etapas e ciclos de desenvolvimento previstos na iniciativa. Com os recursos, os municípios podem, por exemplo, fazer reformas, adaptações e melhorar a acessibilidade.