
Até a próxima quinta-feira (10), o Ministério da Saúde receberá 2,4 milhões de doses do imunizante da Pfizer/BioNTech. O anúncio foi feito pelo laboratório na manhã desta terça-feira (8). Ainda de acordo com a empresa, o montante será suficiente para imunizar, aproximadamente, 1,2 milhão de brasileiros.
O envio dos novos lotes da vacina contra a covid-19 está dividido em três datas. A primeira remessa, de 526,5 mil doses, chega no Brasil ainda nesta terça. Na quarta-feira (9), 936 mil doses desembarcam no território brasileiro. Por fim, na quinta-feira, outro lote com 936 mil doses será entregue. Todos os imunizantes irão desembarcar no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no Estado de São Paulo.
Vale lembrar que essas entregas fazem parte do acordo firmado no dia 19 de março entre a farmacêutica e o Ministério da Saúde (MS), que contempla a disponibilização de 100 milhões de vacinas ao país até o final de setembro de 2021. O MS firmou ainda um segundo acordo com a farmacêutica que prevê o envio de outras 100 milhões entre outubro e dezembro desse ano. Totalizando 200 milhões de doses.
Somadas aos números de lotes anteriores já despachados, mais de 8,2 milhões de doses do imunizante da Pfizer/BioNTech terão sido entregues até o final desta semana. A GZH, a Pfizer informou que as entregas estão dentro do planejado e que novas remessas serão entregues neste mês, mas não confirmou a quantidade de doses.
O Ministério da Saúde já permitiu que a vacina da Pfizer seja aplicada fora de capitais, após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para armazenar os frascos em freezer normal por até 31 dias, entre 2ºC e 8ºC.
A compra das vacinas da Pfizer envolveu tortuosas discussões entre o governo federal e a companhia, acusada de impor cláusulas leoninas ao Ministério da Saúde — o laboratório, por sua vez, alega que as exigências foram semelhantes às feitas a outros países. Ainda em 2020, a Pfizer realizou três ofertas de venda de 70 milhões de doses, ignoradas pelo governo federal, que criticou a exigência do armazenamento em baixa temperatura. A conduta da União está sendo investigada pela CPI da Covid.