Expositores aguardam uma reunião com a prefeitura de Porto Alegre para discutir a limitação de espaços onde podem ocorrer feiras no Parque da Redenção. Inicialmente agendado para acontecer nesta segunda-feira (31), o encontro teve que ser adiado, e agora não tem data para realização. A expectativa é que ocorra ainda nesta semana.
A definição dos novos trechos foi divulgada pela prefeitura na semana passada. Agora, as feiras são permitidas em apenas três pontos do parque: ao lado do labirinto verde, na extensão da Avenida João Pessoa; na área verde entre a Avenida Osvaldo Aranha e a esplanada central do parque; e no entorno do recanto oriental.
Feirantes criticam a medida e questionam o fato de que o entorno do complexo Refúgio do Lago está entre as áreas proibidas. Uma das organizadoras da feira, a empresária Maiara Hoffmann, expressou a insatisfação dos expositores com a proibição, e informou que eles buscam reverter a decisão por meio de diálogo com a secretaria. Os feirantes argumentam que não há conflito entre os produtos oferecidos nos eventos e o comercializado no Refúgio do Lago, que justificasse a restrição.
Maiara ressaltou que os feirantes utilizam o trecho do parque em apenas quatro dos 30 dias do mês.
— A gente tem despesas e custos de deslocamento para estarmos presentes na Redenção. A mudança para uma área com pouco fluxo de pessoas pode acarretar prejuízos para os feirantes. Nessas novas áreas não tem transito de pessoas, só de carro. Se não tiver circulação, ninguém vai ter interesse — argumentou a empresária.
Ampliar circulação
De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), o objetivo da medida é distribuir o público por áreas menos ocupadas e ampliar a circulação pelo parque. A pasta também defende que o local onde fica o Refúgio do Lago tem tido mais movimento e atividades por causa do uso adequado.
Em entrevista ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha, na tarde desta segunda-feira (31), o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, reiterou este entendimento.
— A gente entende a importância dessas feiras pra qualificar o uso dos parques da cidade. Por isso, indicamos esses outros três locais para levar essas feiras pra lá, pra eles realmente puxarem população, pra explorarem outras áreas do parque e não naquela que já é consagrada. Foi nessa perspectiva que a gente fez esse indicativo dos três espaços — afirma Bremm.
A restrição, no entanto, não deve interferir nas feiras fixas como o Brique da Redenção e a Feira Ecológica do Bom Fim, na Avenida José Bonifácio.