A Cidade Baixa quer mudar de cara. Desde a última terça-feira, uma dupla de arquitetos iniciou um projeto para, em 90 dias, realizar um diagnóstico do bairro na região central de Porto Alegre. Essa é a primeira medida do recém-criado Polo Gastronômico, Cultural e de Entretenimento da Cidade Baixa, que busca propor e executar melhorias no tradicional reduto boêmio da cidade.
A partir da avaliação, a prefeitura deve se reunir com empresários e comerciantes para solucionar pontos com má iluminação e restaurar calçadas e fachadas de prédios do bairro.
A iniciativa segue o exemplo de capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, que inauguraram polos para integrar empresários, poder público e moradores com o intuito de incentivar o uso dos espaços públicos e movimentar a economia.
Moradores da Cidade Baixa pedem soluções para barulho e violência
A área estabelecida é delimitada pelas avenidas João Pessoa, Loureiro da Silva, Praia de Belas, Getúlio Vargas, Venâncio Aires e Rua Barão do Gravataí. Um Comitê Gestor, formado por moradores, funcionários da prefeitura e comerciantes foi criado.
Na prática, a medida facilita que entidades representativas de grupos empresariais possam propor e custear com recursos privados obras ou ações de melhoria para o bairro, desde que aprovadas pelo comitê e licenciadas pelos órgãos competentes.
Intenção é unir poder público e empresários. Ao município, cabe fiscalizar a execução das obras ou ações e garantir o uso dos espaços públicos de forma legal.
- A palavra disso é governança. Queremos uma região onde as pessoas possam passear com seus filhos, sentar nos restaurantes e aproveitar - comentou o vice-prefeito Sebastião Melo.
Moacir Biasibetti, presidente da Associação dos Comerciantes da Cidade Baixa, afirma que a criação do novo polo vêm ao encontro de diversas iniciativas já realizadas na região ao longo dos últimos anos por diferentes associações:
- O novo polo facilita a busca de recursos privados e a integração entre moradores, sindicatos e comerciantes, facilitando as discussões de projetos que procurem tornar a região mais atrativa.
Entre as mudanças a curto prazo, Biasibetti acredita que dentro de um ano já será possível ver melhoras no paisagismo, na sinalização e na restauração de fachadas de prédios históricos do bairro. A longo prazo, a intenção é colocar em prática projetos que envolvem a iluminação e a melhoria das calçadas da Cidade Baixa.
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