
Terminou na terça-feira o prazo para as empresas areeiras deixarem a orla da zona norte de Porto Alegre, que o Estado quer retomar. Somente uma empresa cumpriu a determinação. Outras seis pediram a prorrogração do prazo e quatro não se manifestaram, informou a Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Presidente do Sindicato dos Depósitos, Distribuidores e Comerciantes de Areia do Rio Grande do Sul (Sindareia), Laercio Thadeu da Silva disse que as areeiras não têm para onde ir. Caso as empresas sejam obrigadas a sair dos terrenos onde estão, ele cogita que possa haver reflexos no mercado areeiro.
- Pode faltar areia - afirmou.
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As empresas da região são responsáveis por mais de 40% do abastecimento de areia de Porto Alegre e Região Metropolitana, conforme o coordenador da Comissão de Representação Externa da Assembleia Legislativa, deputado Miki Breier (PSB). Ele salienta que 3 mil trabalhadores podem ser prejudicados.
O impasse pode ter uma definição ainda nesta semana, segundo Silva. A PGE informou que está analisando a situação das empresas que pediram ampliação do prazo e as que não se manifestaram para tomar providências.