Falta mais de um ano para o período de escolha dos candidatos pelos partidos para as eleições 2020, mas as movimentações prosseguem no PDT caxiense. Em reunião de diretório segunda-feira à noite, Edson Néspolo reiterou estar à disposição. Ele concorreu a prefeito em 2016 e hoje é presidente da GramadoTur, em Gramado.
— Se o partido julgar... Quem decide é o partido. Vamos ter de construir, dialogar. Tem de discutir cenários — disse Néspolo ao Pioneiro.
Quem acompanhou o encontro conta que ele se colocou como candidato caso o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho não queira disputar o Executivo. Alceu não foi à reunião, segundo ele, por conta de uma gripe.
— Se não posso dizer que sim, também não preciso dizer que não — respondeu à reportagem, copiando seu antecessor na prefeitura, o ex-governador José Ivo Sartori (MDB), que usava a frase sempre quando questionado sobre a reeleição ao Piratini.
Alceu parece ser a preferência da maioria dos pedetistas. A ex-presidente do PDT Maria Aparecida Stecca, a Cida, falecida em maio, dizia ainda no início do ano que a candidatura do ex-prefeito só dependia dele.
O atual presidente do PDT, Maurício Flores, também deseja Alceu como candidato. E diz que essa é, inclusive, a vontade de Néspolo e outros líderes:
— Alceu é nome pacífico no partido. Tirando o Alceu, provavelmente vai para o voto. Com ele, seria por aclamação.
Mas a ala mais à esquerda estaria questionando as posições de Alceu, com um grupo querendo enviá-lo ao Conselho de Ética porque ter aberto voto para Jair Bolsonaro.
— Quem questiona também reconhece que Alceu é uma grande liderança. Foi uma decisão pessoal, dele. Podemos ter nossos problemas internos, mas nossas lideranças serão sempre respeitadas — destaca Flores.
