
O candidato a prefeito de Caxias do Sul, Edson Néspolo (PDT), o segundo a ser entrevistado pela rádio Gaúcha Serra, disse, na terça-feira (27), que "é justo que cada partido ou coligação busque seu espaço". A afirmação foi pelo fato de os que estiveram juntos nos governos de José Ivo Sartori (MDB), de Alceu Barbosa Velho (PDT) e o apoiaram em 2016 agora estarem em campos opostos no primeiro turno.
É inevitável que paire no ar a dúvida se a divisão de candidaturas teria sido estudada como uma alternativa para tentar garantir que um deles vá para o segundo turno. Amplia-se o leque de opções de candidatos, sem que haja um conglomerado de partidos juntos, rejeitado pelo eleitor.
Se em 2016 Néspolo reuniu 21 partidos e nas eleições em que foi coordenador (de Sartori e Alceu) se empenhou para obter o maior número de adesões partidárias, agora tem quatro siglas e outro discurso.
– Essa questão nos dá também um horizonte de saber de quem vai ganhar a prefeitura, que ela não vai ter um peso muito grande nas suas costas – disse, admitindo ser uma referência à acomodação de cargos (CCs).
O tema CCs é desgastante para os políticos e passou a despertar mais atenção após o áudio de 2012, em que o então candidato Alceu oferecia um CC8.
Néspolo, porém, admite a necessidade de ter uma certa segurança na Câmara para a governabilidade. Já o secretariado é defendido com "perfil empreendedor".
O uso de verbas do fundo eleitoral provocou incômodo ao candidato. Ele tentou se desvencilhar, dizendo que não foi ele que criou o fundão.
Aceita o dinheiro público quem quer.