
A festa clandestina interrompida em Gramado no último fim de semana foi uma situação pontual na avaliação do coordenador do Gabinete de Crise da cidade, Anderson Boeira. Policiais militares e fiscais da Vigilância Sanitária encerraram a confraternização na madrugada do último domingo (27), após receberem denúncias na tarde de sábado (26). Cerca de 60 pessoas estavam no espaço no momento da abordagem, mas a estimativa é de que mais de 100 tenham participado.
Segundo Boeira, foi a primeira vez que uma informação de festa clandestina chegou aos fiscais desde o início da pandemia. Até então, apenas confraternizações menores, como churrascos, ou aglomerações em restaurantes da Rua Coberta haviam sido identificadas.
— Foi em função do Festival de Cinema, que era online. Teve muita gente de fora do Estado, inclusive. Dois homens, um de Porto Alegre e outro de São Leopoldo, vieram prontos para fazer festa. Eles mentiram que eram representantes do evento — lembra Boeira.
A festa ocorreu em uma casa alugada no bairro Várzea Grande, cuja localização foi descoberta pela Brigada Militar (BM). Uma outra confraternização chegou a ser realizada na sexta-feira (25) no endereço, mas só chegou ao conhecimento da fiscalização depois. O caso é investigado pela Polícia Civil e o município estuda eventuais medidas contra os organizadores.
Apesar do evento chamar a atenção, Boeira não acredita que situações do tipo possam se generalizar no verão ou mesmo durante o Natal Luz. Isso porque o único período do ano mais propício a festas na cidade é o Festival de Cinema.
— O público do Natal Luz não costuma fazer festas e no verão elas ocorrem mais nas praias — avalia.
Ainda assim, Boeira afirma que a fiscalização vai redobrar a atenção. A Brigada Militar também destinou uma equipe permanente para ações de combate a aglomerações.