Três meses e quatro dias depois da morte do advogado Nilton José Roratto, 62 anos, em São Marcos, o filho mais novo dele foi assassinado de maneira semelhante, às 20h45min de sexta-feira.
Marcos Aurélio Roratto, 33, estava em frente à residência de uma vizinha, na Rua Bonfilho Nicoletti, quando um homem disparou contra ele. Foi atingido por três dos cinco tiros, chegou a ser encaminhado ao Hospital São João Bosco, mas não resistiu aos ferimentos. Nada foi roubado.
- Ele veio me mostrar um cachorrinho e também que tinha raspado a cabeça. Ele estava com medo de que algo pudesse acontecer - contou a mulher que teme ser identificada.
Nilton foi morto em 15 de março, com cinco disparos de arma de fogo dentro da própria casa por um homem que invadiu a residência. Segundo a vizinha, o crime de sexta foi parecido: Marcos saiu para buscar um documento no carro estacionado na rua - do outro lado da calçada onde morava o pai.
Marcos passava o dia no interior do município e retornava para dormir na residência onde o pai morava, fazendo companhia para a madrasta desde o dia do crime. Ele era o único dos quatro filhos do advogado que residia em São Marcos. Marcos trabalhava no sítio da família, na localidade de São Luiz, onde criava gado e plantava milho.
A vizinha conta que, no domingo passado, o lugar foi arrombado, mas nada foi levado. Na terça-feira, um cachorro dele foi morto.
Em 19 de março, um rapaz de 21 anos foi preso como suspeito de matar Nilton. O delegado Luciano Pereira, de São Marcos, trabalhava com a hipótese de que ele tivesse sido contratado para assassinar Roratto. A investigação ainda não está concluída, e a família está com medo.
- Eles não tinham inimigos, não conseguimos acreditar - relata o irmão Cristiano Roratto, 42.
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