Moradores dos arredores da Universidade de Caxias do Sul (UCS) reclamam do fechamento de três portões de acesso para pedestres. As portas, na divisa com os bairros Presidente Vargas e Petrópolis, são fechadas dos sábados às segundas-feiras. A medida também afeta os bairros Diamantino e do Dom Pedro II, cujos moradores reclamam não poder entrar no campus pelos portões para lazer ou para pegar ônibus ou táxi- lotação. O acesso principal à universidade, pela BR-116, e os secundários, pelo Petrópolis e Cruzeiro, seguem abertos.
Os pátios da UCS estão entre os pontos procurados para lazer aos finais de semana.
Dois portões ligam o Presidente Vargas à Rua Professor Antônio Vignoli, na UCS, perto da Vila Poliesportiva e do Ambulatório Central. Os portões ficam no fim das ruas Alan Kardec e Raul Pila, ambas sem saída, mas que permitem acesso ao ônibus. A Visate atende o bairro com a linha Diamantino, mas há moradores que vão à UCS embarcar no Interbairros, Cinqüentenário ou táxi-lotação.
- Costumava pegar ônibus ali na UCS no fim de semana ou levar meus filhos para andar de bicicleta. Agora não dá mais - reclama Dieiza Moreira, 29, mãe de Isadora, dois, Rafaela, três, e Rafael, sete.
O terceiro portão fica no fim da Rua Antônio Xavier da Luz, no Petrópolis.
- Alegam que a UCS é comunitária, mas quando se trata de abrir os portões à comunidade, não dá - alega Sérgio Campos, presidente da Amob Presidente Vargas e Dom Pedro II.
Segundo o chefe de gabinete da UCS, Gelson Leonardo Rech, a medida visa assegurar segurança no campus, porque nos últimos meses aumentaram os furtos e roubos. A vigilância privada, pela Brigada Militar e o monitoramento por câmeras foram melhorados.
Rech argumenta que praticamente todos os serviços da UCS estão fechados no sábado à tarde e que é preciso zelar pelo patrimônio, privado.
- Não estamos fechando a instituição para a comunidade, há outros acessos - destaca.
Embora polêmico, o fechamento dos portões não é ilegal. A UCS tem autonomia para fechá-los porque dão acesso diretamente ao campus. O portão do Petrópolis leva a um estacionamento ao lado do Museu de Ciências Naturais. As outras duas portas conduzem a um trecho particular da Rua Professor Antônio Vignoli.
Conforme Rech, o fechamento também ocorre porque, se acontecer algum crime, a vigilância privada da universidade não pode atuar caso o autor fuja por um dos portões.
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