A morte de um homem de 47 anos no Pronto Atendimento 24 horas causou a revolta da família. Pedro Lemos dos Santos faleceu na terça-feira, às 21h, depois de ter um mal súbito enquanto aguardava atendimento.
O registro de óbito informa que a causa da morte foi uma parada cardíaca. De acordo com o irmão dele, Leovegildo Lemos dos Santos, 46 anos, Pedro já havia procurado outras três vezes o posto, com a queixa de dor entre a costela e o abdomen. A primeira busca por atendimento foi na sexta-feira da semana passada.
Várias são as queixas da família, que alega que o pedreiro não recebeu tratamento e que, em todos os atendimentos, nunca foi informado sobre o diagnóstico das dores (veja abaixo). Leovegildo contou ainda que foi feito uma ocorrência policial contra o município e o pronto atendimento e que vai processar a prefeitura.
A Secretária da Saúde, Dilma Tessari, diz que não houve negligência no atendimento, mas admitiu que o diagnóstico de Pedro quanto a dor abdominal.
- Pelos sintomas e pelo resultado do exame de urina, que apresentou um pouco de sangue, a hipótese é de cálculo renal - fala, acrescentando lamentar o ocorrido.
Ainda que o diagnóstico não seja comprovado, o diretor do Pronto Atendimento, Ronaldo Mattia, não vê relação entre os sintomas apresentados e a causa da morte do paciente. Segundo ele, algumas das possibilidades são aneurisma da aorta ou infarto do miocário.
- A princípio, os sintomas que Pedro vinha apresentando configuravam um quadro ligado a cálculo renal e não ao coração. No entanto, uma necrópsia poderia indicar a causa da morte, mas a família não quis fazer - disse.
Ao contrário do que disse a família (ver quadro abaixo), Mattia informou que Pedro passou por exames de sangue e de urina na sexta-feira, no primeiro atendimento, e que não encontrou registro da passagem do paciente sábado no Pronto Atendimento.
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Saúde
Pedreiro morre enquanto aguardava atendimento no Pronto Atendimento, em Caxias do Sul
Segundo a família, Pedro Lemos dos Santos já havia procurado outras três vezes o postão
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