Em sete dias, o Juventude irá percorrer 6.098 quilômetros, do sul ao norte no Brasil, e realizará três jogos. Serão 78 horas entre a vitória de 2 a 1 sobre o CRB, na estreia de sábado, no Estádio Alfredo Jaconi, e a partida de terça (11) contra o Sampaio Corrêa, às 19h15min, no Estádio do Castelão, no Maranhão. Uma rotina que promete ser desgastante, pelo tempo de deslocamento e pela sequência que se avizinha nesta arrancada da Série B.
A maratona terá mais um capítulo na sexta-feira (14). Setenta e duas horas após o segundo jogo no Campeonato Brasileiro, o time alviverde estará entrando no gramado da Vila Capanema, em Curitiba, para encarar o Paraná. Mais 69 horas e já estará em Caxias, recebendo o América. Se, na descrição, a rotina já cansa, há um fator ainda mais importante: vive-se no meio de uma pandemia.
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Em uma temporada normal, essa rotina da Série B começaria apenas na quarta rodada. Mas o ano pede um sacrifício de todos, ainda mais para os jogadores que chegam a perder até três ou quatro quilos jogando em alta intensidade. Algo que preocupa, e muito, o técnico Pintado:
— Isso é cruel com os atletas, para quem joga em alta intensidade. Você não se recupera dois dias depois. É um ponto cruel que deveremos fazer e todos passarão por isso. Precisaremos ser muito habilidosos com esse novo momento. Temos poucas lesões, trabalhamos fortes para conseguir suportar essa rotina.
O principal jogador do time é um desses atletas que precisarão ter uma atenção maior. Aos 35 anos, o meia Renato Cajá, que fez o gol de empate no sábado, deu assistência para o segundo – e ainda perdeu um pênalti – é um atleta que poderá sofrer um pouco mais para conseguir estar 100% e enfrentar o Sampaio Corrêa.
— Estamos jogo após jogo nos concentrando para recuperar o mais rápido possível. Sabemos como é difícil essa sequência, mas eu creio que se a gente recuperar bem, dá pra jogar. Se não der, temos um grupo qualificado para entrar — analisou Cajá.
No início dessa maratona, vencer é algo determinante e necessário. A primeira já veio.