Pelo que apresentou durante a pré-temporada, o camisa 5 do Caxias promete ser um obstáculo muito duro de ser superado pelos adversários no Gauchão. Edmilson, 31 anos, é considerado um cão de guarda das raças mais puras encontradas no futebol. Com cara de poucos amigos e dono de uma marcação pesada, o volante já ganhou até um apelido bastante sugestivo às suas características: jagunço. A alcunha foi conferida pelo preparador físico Rodrigo Squinalli.
- Ele tem cara de jagunço, aqueles matadores do sertão. Cumpre bem o serviço, é um pitbull, está sempre no calcanhar dos outros - justifica Squinalli.
Jagunço é sinônimo de capanga. No Nordeste, é o indivíduo que oferece proteção e segurança aos políticos ou poderosos. Também é associado aos homens que cumprem ordens de seus patrões, como matar, roubar ou surrar. Para evitar más interpretações: é claro que Edmilson não é nenhum fora da lei, longe disso. Mas dentro das quatro linhas, às vezes impera a lei do mais forte, do mais raçudo. É válido avisar que o jogador ganha nota alta no quesito pegada.
- Joguei no Icasa e o pessoal me chamava de Tanque Icasiano. No Guarani era o Pitbull do Brinco. Na Caldense era o Paredão da Caldense. Agora esse negócio de jagunço é coisa do Squinalli. Logo que cheguei ele me chamou assim, os companheiros foram pegando, mas é sadio, não vejo problema nenhum não. Tendo um lado que não afete e o pessoal tendo respeito é sempre bom - avisa.
Edmilson se anuncia um cara sério. Não só pelas características dentro de campo. Longe dos gramados, gosta de programas tranquilos como uma boa pescaria. Porém, é com o filho de seis meses que aproveita o tempo livre. A curtição, ele prefere deixar para o fim das competições. De preferência, com boas atuações e entre os primeiros na tabela para comemorar
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