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Os viticultores de Caxias e região saíram do encontro com dirigentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta sexta-feira, em Porto Alegre, com um indicativo: o preço mínimo do quilo da uva para a próxima safra deve ficar em R$ 0,52.
Eles reivindicavam R$ 0,59, mas o governo entende que R$ 0,52 é mais adequado, explica o coordenador da Comissão Interestadual da Uva e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Olir Schiavenin.
A sugestão de R$ 0,52 é 13,04% superior ao preço mínimo atual, que está em R$ 0,46. Esses valores têm como referência a uva da variedade isabel.
- O possível aumento de 13% não é o que queríamos, mas pode ser considerado um avanço. De acordo com nosso levantamento, o valor deveria ficar em R$ 0,59. Nós levantamos o custo, mas quem faz o preço é o governo, que ouve produtores, indústrias e outros setores. Na verdade, esse é o valor mínimo, mas esperamos que o mercado pague mais ao agricultor - torce o dirigente.
Conforme as informações que recebeu no encontro na Capital gaúcha, o coordenador da Comissão Interestadual da Uva explica que a proposta da Conab já teria passado pelos ministérios da Agricultura, Planejamento e Fazenda. O próximo passo, segundo Schiavenin, é ser apreciada pelo Conselho Monetário Nacional, que deve se reunir na última quinta-feira deste mês.
O preço mínimo da uva deve ser definido 60 dias antes do início da safra, ou seja, até 30 de novembro. Tradicionalmente, a safra se inicia em 1º de fevereiro de cada ano, embora existam algumas variedades de uva que ficam boas para serem retiradas da parreira antes dessa data. O forte da colheita vai de 15 de fevereiro a 15 de março.
A última safra registrou a colheita de 526 milhões de quilos de uva. Cerca de 20 mil famílias atuam na vitivinicultura hoje. Esse número envolve Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No total, são 40 mil hectares de parreirais plantados.